O mundo está constantemente rodeado por novos acontecimentos e chega a ser impensável uma sociedade sem informação. Diante da dinâmica da notícia, o jornalismo gráfico aposta no detalhamento da publicação e na diagramação bem feita. No entanto, como garantir que os jornais cheguem sempre pontualmente nas bancas e na casa do leitor?
Por trás dos panos esclarece um pouco desse processo.
Por trás dos panos esclarece um pouco desse processo.
Diagramador do Correio do Povo há dois anos, Pedro Dreher, 46, esclarece o funcionamento de um dos jornais mais tradicionais do estado. O jornalista-diagramador conta um pouco de como o jornal é feito, desde a confecção até a chegada nas bancas.
Segundo Dreher, outros nove profissionais juntam-se a ele para receber as matérias e finalizar o jornal. Com exceção do caderno Arte&Agenda, que começa a ser trabalhado às 15h e é feito por um profissional fixo, para as demais editorias é organizado um rodízio de diagramadores e a formulação das páginas é realizada entre 18h e 23h.
Algumas matérias que estampam o jornal no dia seguinte são realizadas com antecedência . A maioria dos textos é produzida no próprio dia, além das últimas notícias, que chegam às mãos da equipe durante a noite. Conforme as páginas são finalizadas, são enviadas para a impressão através de FTP (uma forma rápida de transferência de arquivos) para três parques gráficos, localizados em Carazinho, São Sepé e Porto Alegre, no bairro Floresta. No total estão envolvidos no processo de impressão cerca de 100 profissionais.
Hoje, a tiragem do Correio do Povo totaliza 152 mil exemplares, sendo 39 mil em Carazinho, 20 mil em São Sepé, e o restante na capital. O tempo de impressão também varia de um local para outro. São quatro máquinas rotativas, cuja impressão máxima de cada uma chega a 50 mil jornais por hora, totalizando 200 mil exemplares impressos simultaneamente.
Arquivo: Correio do Povo
O horário em que os jornais saem da gráfica para serem distribuídos fica entre meia-noite e 1h. As entregas são realizadas por roteiros. Em Porto Alegre, a rota é feita diretamente até as bancas e nos pontos de distribuição, onde os entregadores recebem os malotes e levam aos assinantes, que normalmente recebem o jornal antes das 7h. No interior no estado, os periódicos são transportados até um agente da cidade, que se responsabiliza pela entrega aos assinantes.
Para as cidades mais distantes, o jornal é conduzido por transporte próprio da empresa ou via transporte intermunicipal. Conforme a distância do município, o tempo de entrega varia entre 6h e 14h. Já a distribuição interestadual da publicação é realizada por transporte rodoviário ou aéreo. Tudo integrando uma logística que garante o acesso de leitores dos quatro cantos do estado às últimas notícias.
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