sexta-feira, 3 de abril de 2009

Enquanto isso, nos bastidores do rádio...


A história do rádio


O rádio é um dos mais antigos meios de comunicação,teve seu início em 1863 com Jamese Clerck Maxwell, em Cambridge, Inglaterra. No Brasil, Roberto Landell de Moura é considerado um dos pais do rádio. Ele foi o pioneiro na transmissão da voz humana sem fio.

A propagação radiofônica começa em 1887, através do Hertz. O rádio era visto como a ‘telegrafia sem fio’, e considerado um dos instrumentos mais modernos da época. Em 1919, surge a chamada era do rádio e a partir daí cria-se, nos Estados Unidos, o microfone.


Por Trás dos Panos visitou os bastidores de dois programas radiofônicos com propostas distintas. Um trata exclusivamente de conteúdo jornalístico, enquanto o outro tem o caráter humorístico como trunfo. Trata-se do Ciranda da Cidade, da Band, e o Cafezinho, produzido pela rádio Pop Rock. Além das diferenças constatadas pelo ouvinte, ambos possuem suas peculiaridades também por trás dos microfones.


Na seriedade da notícia

Produzido pela rede Bandeirantes, o Ciranda da Cidade está no ar há oito anos com uma apresentação diária, das 14h às 16h. No ar, o programa conta com três comunicadores, o apresentador Felipe Vieira e dois repórteres. Nos estúdios, além do apresentador, a equipe divide-se entre um operador de rádio e um assistente. Sob eventual falta do âncora, a substituição é feita, previamente, pelo produtor José Carlos Roque.

A equipe que auxilia na veiculação do programa contribui ainda nas demais programações, alguns por turnos e outros por programas específicos. Nas ruas, quatro repórteres buscam as últimas notícias. Enquanto dois abordam sobre política, os demais ficam encarregados das pautas gerais. O programa também conta com notícias diretamente de São Paulo e Brasília, através de dois correspondentes.

Os assuntos pautados no dia começam a ser definidos a partir das 10h da manhã. Ao longo das duas horas diárias de programação, são expostos debates, reportagens e entrevistas com convidados especiais que falam sobre assuntos diversos como economia, política, problemas locais e prestação de serviços, além de reportagens abordando os principais fatos do momento.

A estimativa de público está dividida entre as classes A e B, com 69,34% da audiência, e C, com 30,66%, sendo a maioria, 61,81%, pertencente ao público masculino. Os ouvintes predominantes formam um publico adulto, acima dos 20 anos.

A entrevista com o comunicador foi realizada logo após o término do programa. E o clima dinâmico dos bastidores não passou despercebido. Enquanto conversava, Felipe Vieira, fez uma chamada para a TV, para o rádio e recebeu correspondências, sem desviar a atenção do assunto e sem em nenhum momento perder a simpatia.

Felipe Vieira teve uma estréia prematura no rádio, aos 13 anos, ainda como ouvinte. Sua participação assídua como espectador lhe rendeu o primeiro convite de trabalho como repórter esportivo da emissora. Em 1991, formou-se em Jornalismo pela PUCRS. Além do programa radiofonico, Vieira e também atua no Band Cidade, no canal 10.


O humor como pauta do dia

Com duas edições diárias e recentemente ajustadas, a Máquina do Cafezinho possui oito integrantes responsáveis pelo seu eficiente e descontraído funcionamento. Além de apresentadores, Ramiro Ruschel e Arthur de Faria ficam responsáveis pela produção do programa, enquanto o ancora é Paulo Inchauspe. Ainda integram esse time: Mauro Borba, Eron Dal Molin, Sabrina, Edu Santos, Simone Cabral e Adriano Domingues.


Inchauspe afirma que os integrantes da equipe que contribuem à frente do microfone tem participação também nas demais tarefas. Na ausência do âncora, a apresentação fica por conta de um dos produtores, Arthur de Faria ou Ramiro Ruschel.

A colaboração dos ouvintes define cerca de 80% da pauta do dia. A contribuição dos espectadores, na maioria jovens, é enviada tanto via torpedo, e-mail ou telefone. Previamente, o restante da pauta é definido pela manhã, podendo variar no decorrer do dia de acordo com a importância dos acontecimentos. Os convidados do programa são definidos através de uma pesquisa antecipada.

Foto: Juliana Nery
O estúdio conta com CDJ, computadores e oito microfones

O conteúdo do Cafezinho, produzido pela Pop Rock, da Ulbra (Universidade Luterana do Brasil) , é construído informalmente. Em tom bem-humorado, os apresentadores afirmam que entram no estúdio abordando ‘aquilo que entendem e o que não entendem’, sempre com a participação dos ouvintes.


Paulo Inchauspe é radialista, músico, produtor e frequenta o meio acadêmico como estudante de Jornalismo, na PUCRS. O radialista, que somo 12 anos no programa, conta que almeja ministrar aulas de comunicação no rádio, e aproveita para fazer críticas quanto ao ensino focado nos moldes AM.